quarta-feira, 20 de maio de 2009

MERCADOS PÚBLICOS DE MOSSORÓ

MERCADO PÚBLICO DO CENTRO, BOM JARDIM E ALTO DA CONCEIÇÃO

O Mercado Público Municipal tinha, no início do século, um papel muito importante na vida de uma cidade. Era no mercado que se encontravam os comerciantes que abasteciam as cidades dos mais diversos produtos que iam desde os cereais, carnes e frutas, até roupas, produtos de couro, cerâmicas (utilitárias e decorativas) e uma infinidade de doces, bolos e refrescos. Não faltavam também as bancas de pinga.

A primeira notícia que temos de Mercado Público Municipal em Mossoró é do dia 23 de agosto de 1875, quando a Câmara Municipal de Mossoró autorizou, através da Lei nº 739 da mesma data, “a construção de uma casa destinada ao mercado da cidade a ser feita mediante contrato com quem melhor vantagem oferecesse”. Em 12 de julho de 1877, portanto dois anos após a autorização, os construtores Antônio Secundes Filgueira e José Alexandre Freire de Carvalho fazem entrega da Casa do Mercado que iria substituir a palhoça que fazia vezes de tal onde, sem as mínimas condições de higiene, eram expostos carnes e outros gêneros. Esse primitivo mercado foi construído no mesmo local onde ainda hoje se encontra o Mercado Municipal de Mossoró, no centro da cidade. Esse prédio funcionou com a arquitetura primitiva até 1908, quando passou por uma substancial reforma. Em 1947, na administração do Prof. Gerson Dumaresq, passou por uma nova reforma da sua estrutura, tendo inclusive sua área de cobertura ampliada.

Mas a cidade crescia e já se fazia necessário a construção de um outro mercado. Em 30 de setembro de 1951 foi inaugurado um novo prédio para um segundo Mercado Público Municipal. O novo mercado foi construído no bairro do Alto da Conceição e na sua inauguração estiveram presentes, dentre outras autoridades, o governador do Estado do Rio Grande do Norte, Sílvio Pedroza, o prefeito de Mossoró Francisco Mota e o bispo diocesano. O discurso da inauguração foi proferido pelo Dr. Hélio Santiago, então secretário do governo do município.

Outros prédios foram construídos nos bairros periféricos para instalação de mercados à medida que a cidade se expandia. E neles tudo se vendia, principalmente carnes, frutas e verduras. Alguns ainda permanecem atendendo a população, nos mesmos moldes de antigamente. Outros, como o mercado do Centro, passaram a vender outros artigos mais duráveis, como roupas e aviamentos.

A importância do Mercado Público atualmente foi renegada a um plano inferior frente ao surgimento dos supermercados, com seus produtos embalados em plástico, suas carnes congeladas, com preços estampados previamente nas embalagens, sem dar chance, ao comprador, de pechinchar os preços como acontecia nos velhos mercados e feiras livres.

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